O cenário global de trabalho continua a evoluir, com profissionais remotos a procurarem destinos que combinem qualidade de vida com políticas de vistos favoráveis. Em 2025, vários países posicionaram-se como líderes no acolhimento de nómadas digitais, oferecendo não apenas programas simplificados de residência, mas também incentivos financeiros atrativos. Estas iniciativas visam estimular as economias locais, preencher lacunas de competências e promover a colaboração internacional a longo prazo.
A Europa mantém-se como um destino de topo para nómadas digitais graças à sua infraestrutura sólida, segurança e excelente conectividade. Em 2025, países como Portugal, Espanha e Croácia continuam a destacar-se com vias claras para profissionais remotos. O Visto para Nómadas Digitais de Portugal, por exemplo, permite estadias até dois anos com benefícios fiscais moderados e acesso ao sistema nacional de saúde.
A iniciativa de Espanha, atualizada no início de 2025, inclui reduções fiscais para trabalhadores não residentes, oferecendo uma taxa de imposto reduzida de cerca de 15% nos primeiros quatro anos. A Croácia também expandiu o seu Programa de Residência para Nómadas Digitais, eliminando restrições de rendimento e simplificando o processo de candidatura online.
Estónia, pioneira na governação digital, continua a atrair profissionais com o seu programa de e-Residência, permitindo que freelancers criem e gerem empresas sediadas na UE de forma totalmente online, assegurando transparência e clareza legal.
Muitos governos europeus vão além do simples acesso ao visto, oferecendo apoio financeiro direto. A Madeira, por exemplo, disponibiliza espaços de co-working subsidiados e alojamento com desconto através de fundos regionais de desenvolvimento. Já Malta oferece bónus de realocação até €3.000 para profissionais remotos qualificados que se comprometam a residir no país durante pelo menos um ano.
Além dos benefícios financeiros, cidades como Valência e Lisboa lançaram programas de integração dedicados, conectando profissionais internacionais a start-ups locais. Estas iniciativas fortalecem as economias locais enquanto promovem um ambiente de trabalho inclusivo.
A crescente presença de espaços de co-living e co-working por toda a Europa reforça este ecossistema, proporcionando aos nómadas digitais estabilidade social, internet fiável e oportunidades de colaboração internacional.
A Ásia está a emergir como uma forte concorrente no cenário global dos nómadas digitais. Tailândia, Indonésia e Malásia atualizaram as suas políticas de vistos em 2025 para facilitar estadias prolongadas. O “Smart Visa para Profissionais Remotos” da Tailândia agora permite residência até cinco anos para quem aufere pelo menos $80.000 anuais, incluindo benefícios fiscais e extensão familiar.
A Indonésia transformou o seu Visto de Trabalho Remoto para Bali, permitindo estadias de dois anos sem impostos locais sobre rendimentos estrangeiros — uma medida que visa fortalecer a recuperação económica e atrair empreendedores globais.
Entretanto, o DE Rantau Nomad Pass da Malásia continua popular, oferecendo candidaturas 100% online e acesso a hubs digitais reconhecidos pelo governo em Kuala Lumpur e Penang.
Governos asiáticos estão a investir fortemente em infraestrutura para apoiar profissionais remotos. A Tailândia, por meio da sua Agência de Economia Digital, está a financiar novos complexos de co-working em Chiang Mai e Phuket com conectividade de alta velocidade e apoio à criação de negócios. O projeto “Remote Village” em Bali está a expandir-se para regiões menos turísticas, promovendo sustentabilidade.
Na Malásia, o setor de co-working cresce rapidamente, com marcas internacionais e locais a abrirem escritórios flexíveis em todo o país. Isso beneficia tanto freelancers como start-ups que procuram produtividade e rede de contactos globais.
Além da infraestrutura, os países asiáticos priorizam o bem-estar. Desde vilas ecológicas até retiros de ioga adaptados a profissionais, a região equilibra eficiência laboral e qualidade de vida, tornando-se um dos destinos mais apelativos em 2025.
Em 2025, as Américas estão a implementar políticas inovadoras para atrair nómadas digitais. México, Costa Rica e Colômbia modernizaram os seus sistemas de imigração, oferecendo residências de longo prazo para trabalhadores online. O Visto de Residência Temporária do México inclui agora um processo simplificado de verificação de rendimentos e autoriza trabalho remoto a partir de espaços de co-living nas principais cidades.
Na Costa Rica, o visto “Rentista” foi reforçado com isenções fiscais sobre rendimentos estrangeiros e descontos nas contribuições para a segurança social. A Colômbia, visando tornar-se num centro tecnológico regional, oferece um Visto de Nómada Digital válido por até dois anos, promovendo cooperação entre profissionais internacionais e start-ups locais.
No Caribe, Barbados e Bermudas continuam a destacar-se com vistos de longa duração que combinam flexibilidade com um estilo de vida luxuoso. Estas nações insulares atraem profissionais que procuram equilíbrio entre tranquilidade e crescimento profissional.
Vários governos latino-americanos introduziram incentivos financeiros para atrair trabalhadores remotos qualificados. O Uruguai, por exemplo, oferece um subsídio de realocação de $2.000 para profissionais que iniciem negócios tecnológicos no país. Já Belize criou um programa de isenção de visto para quem invista em turismo ou educação local.
Estes incentivos têm um propósito que vai além da economia: promover intercâmbio cultural e crescimento sustentável. Os nómadas digitais contribuem para o setor de serviços, arrendamento de imóveis e inovação regional.
Ao alinhar regulamentos fiscais com padrões internacionais e simplificar quadros legais, os países das Américas asseguram uma integração fluida dos trabalhadores remotos, gerando benefícios duradouros para ambas as partes.